Pesquisadores usam grafeno para criar sensores cerebrais capazes de ler sinais elétricos de pacientes que perderam a fala

Vídeo da Reuters sobre as recentes pesquisas de grafeno:

Com grafeno, o futuro é flexível. Microchips fabricados em finíssimos filmes de plástico podem significar que, em no máximo cinco anos, teremos celulares dobráveis.

Flexível e altamente condutor, o grafeno tem revolucionado não apenas o setor de aparelhos móveis, mas também a medicina. Pesquisadores na Espanha estão desenvolvendo um sensor cerebral para pacientes que perderam a habilidade de falar. Implantado abaixo do crânio, pode interpretar sinais eletrônicos e traduzi-los em texto em celulares por meio de um transmissor sem fim.

“Toda vez que pensamos em algo, movemos uma parte do nosso cérebro. Então, fomos capazes de interpretar isso, ainda que o paciente não seja capaz de pronunciar”, afirma Andrea Bonaccini, pesquisador do Instituto Catalão de Nanociência.

Veja o vídeo aqui.

Este dispositivo de grafeno de baixo custo poderia ajudar a monitorar a saúde de um bebê

Físicos desenvolveram um líquido à base de grafeno que pode sentir pequenas mudanças na respiração e freqüência cardíaca

Tubo preenchido com grafeno (Foto: Universidade de Sussex/Divulgação)

Tubo preenchido com grafeno (Foto: Universidade de Sussex/Divulgação)

Quando bebês doentes estão no hospital, eles se deitam no meio de um ninho de fios e monitores para medição de respiração, freqüência cardíaca, taxas de oxigênio no sangue, temperatura e muito mais. Alimentar, vestir ou mesmo pegar um bebê usando esses dispositivos pode ser complicado.

Mas pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, podem ter a solução para esse problema por meio de uma pequena pulseira ou então por meio de tubos costurados na roupa da criança.

Uma equipe de físicos da instituição desenvolveu um líquido feito a partir de uma emulsão de grafeno, água e óleo. O grafeno é um nanomaterial feito de átomos de carbono,que se tornou o queridinho dos cientistas de materiais nos últimos anos por causa de sua força, flexibilidade, condutividade elétrica e, principalmente, sua acessibilidade.

A equipe colocou a emulsão de grafeno dentro de um pequeno tubo. Quando o tubo foi esticado o minimamente, a condutividade da emulsão mudou. O dispositivo protótipo é tão sensível que pode detectar movimentos sutis do corpo, como a respiração e as taxas de pulso.

Os pesquisadores avaliam que o pequeno tubo cheio de grafeno pode ser um monitor barato e discreto para bebês doentes e para adultos com problemas respiratórios, como  apneia do sono. Também poderia ser vendido como um produto aos pais preocupados com a Síndrome da Morte Súbita Infantil, potencialmente sob a forma de um vestuário para monitorar os sinais vitais de um bebê.

Além dessas aplicações, é bem possível que ele também possa ser usado para criar uma geração mais avançada de wearables para atletas amadores e profissionais.

Do Smithsonian Mag

Cientistas criam sensor baseado em grafeno que monitora e interpreta o movimento humano

Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, criaram um dispositivo wearable baseado em grafeno capaz de detectar e entender complexo movimentos humanos. Isso poderia levar a uma maneira prática de monitorar e interpretar o movimento das pessoas, no que pode se tornar a próxima geração de monitores de saúde.

O sensor – chamado GNF-Pad – foi feito inserindo-se nanoflocos de grafeno em algo similar a uma almofada adesiva de borracha. De acordo com a equipe, a durabilidade do sensor foi testada esticando-o para ver se ele poderia manter a precisão sob tensões de até 350%. O dispositivo passou por mais de 10.000 ciclos de alongamentos e relaxamentos, mantendo sua estabilidade elétrica.

“Testamos este sensor vigorosamente”, disseram os pesquisadores. “Ele não apenas manteve sua forma, mas, mais importante, manteve sua funcionalidade sensorial. Os testes demonstraram ainda a eficácia do GNF-Pad como uma tecnologia háptica em aplicações em tempo real, reproduzindo com precisão os gestos dos dedos humanos em uma mão robótica de três articulações”.

Os resultados indicam que a equipe criou um dispositivo barato, com alto nível de sensibilidade, seletividade e durabilidade.

Do Graphene-info

NanoGraphene usa tecnologia para produzir grafeno verde

Stephen Hunt, da NanoGraphene, empresa sediada em Nova York, conta no vídeo abaixo que a recém-criada companhia está produzindo grafeno com água destilada, sem ácido ou produtos químicos. Hunt diz ainda que a NanoGraphene deve abrir o capital até o fim do ano.

Da ProActive Investors

Pesquisadores convertem amendoins em grafeno de alto desempenho

grafeno_amendoim

Pesquisadores do Instituto de Nanociência e Tecnologia de Mohali, na Índia, descreveram um método sustentável para fabricar nano-folhas de grafeno de alta qualidade usando cascas de amendoim. As cascas são “carbonizadas” (termo usado para quando uma substância orgânica é convertida em carbono) e processada para formar pequenos poros de baixo volume que aumentam a área de superfície disponível para reações químicas. Esse material de carbono então passa por uma “esfoliação mecânica” – um processo comum que envolve agitá-lo com ondas sonoras até que formem uma estrutura de favo de mel mecânica e eletricamente estável, semelhante ao grafeno.

Os pesquisadores testaram o desempenho eletroquímico do material, chamado de grafeno exfoliado de poucas camadas derivado de casca de amendoim (ou simplesmente PS-FLG, na sigla em inglês).

Após vários testes, os pesquisadores descobriram que o grafeno de cascas de amendoim tinha área de superfície específica extremamente alta – um parâmetro desejado para melhor penetração de íons eletrólitos e propagação e armazenamento mais rápidos.

O capacitor com PS-FLG também demonstrou 6 vezes maior densidade de energia e 3,75 vezes maior densidade de potência do que uma morfologia similar de nano-folhas semelhantes ao grafeno, obtidas da casca do coco.

A pesquisa pode ser lida na íntegra e em inglês no site da Nature, onde foi publicada originalmente.

Mercado global de grafeno crescerá 39% ao ano até 2021, diz relatório

A Absolute Reports, empresa americana especializada na elaboração e comercialização de relatórios de mercado, lançou sua publicação sobre o grafeno. Nele, a companhia aponta que, de 2017 a 2021, o mercado mundial de grafeno deverá ter uma taxa média anual de crescimento de 39,22%, citando projeções da Technavio.

O relatório abrange o cenário atual e as perspectivas de crescimento do mercado global de grafeno para 2017-2021. Para calcular o tamanho do mercado, o relatório considera a receita gerada pelas vendas de produtos de grafeno. São analisados os mercado de Ásia/Pacífico, Europa, América do Norte e resto do mundo.

O relatório analisa as seguintes empresas: Advanced Graphene Products, Graphene Platform, Graphenea, Group NanoXplore, and Haydale, Applied Graphene Materials, Directa Plus, Grafoid, Graphene 3D Lab, Thomas Swan e Vorbeck Materials.

Directa Plus obtém patente italiana para produto de grafeno para melhoramento de pneus

Directa Plus obtém patente italiana para produto de grafeno para melhoramento de pneus

Giulio Cesareo, presidente da Directa Plus (Foto: Twitter da @NGAgraphene)

A empresa italiana Graphene Directa Plus disse na segunda-feira que foi lhe concedida uma patente na Itália para produtos que melhoram o desempenho de pneus. As ações da empresa aumentaram 6,9% após o anúncio, a um preço de 54,00 centavos de libra esterlina cada.

A patente, concedida pelo Escritório de Marcas e Patentes da Itália, abrange sua “composição elastomérica feita de compostos de grafeno e pneu”.

A Directa Plus afirmou que o uso de seu grafeno proprietário nos pneus reduz a resistência ao rolamento, além de aumentar a aderência, trazendo um desempenho mais rápido e mais seguro, especialmente em condições climáticas extremas.

A empresa tem 17 patentes concedidas em sua carteira e outras 15 pendentes.

O presidente executivo da companhia, Giulio Cesareo, disse: “A exigência por eficiência de combustíveis por parte dos consumidores e dos grupos ambientais significa que há uma demanda crescente por pneus ecológicos. Oferecer pneus que são sustentáveis ​​e de alto desempenho reflete os valores fundamentais da Directa Plus e está trazendo inovação real para uma indústria estabelecida e em expansão”.

Reportagem escrita originalmente por George Collard no site London South East.

Independência e bandeira do Sudão do Sul

Unicamp: Grafeno pode ser arma certa para combater os 5 maiores problemas do planeta

Grafeno e a Agenda 2030

Esses são os 17 objetivos da Agenda 2030. Para a Unicamp, o grafeno pode ser a solução para ao menos cinco deles (Foto: ONU/Divulgação)

O Laboratório de Química do Estado Sólio (LQES) do Instituto de Química (IQM) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) publicou um artigo em seu site no qual aponta como o grafeno pode ser a solução para 5 dos 17 problemas apontados pela Agenda 2030 da ONU.

De acordo com o LQES, o grafeno pode ajudar nas seguintes questões: falta de água, emissão de carbono, saúde, infraestrutura e energia.

“A força mecânica do material o torna perfeito para, imaginem só: substituir partes do corpo humano. Através da sua boa capacidade condutora, o grafeno consegue não só substituir os ossos mas também partes do corpo que requerem ligações como órgãos ou nervos”, diz o artigo em certo momento.

Sobre emissão de carbono, comenta: “Estudos da cdesenvolveram filtros de grafeno capazes de separar os gases que não interessam e que são provenientes da indústria, do comércio e de resíduos”.

O artigo do LQES pode ser lido na íntegra, em português, no seguinte link: Grafeno pode ser arma certa para combater os 5 maiores problemas do planeta.

 

Cientistas descobrem centenas de materiais 2D que podem ser o próximo grafeno

Cientistas descobrem centenas de materiais 2D que podem ser o próximo grafeno

Descoberta foi publicada na revista Nature (Foto: Reprodução)

Parte do que torna o grafeno tão fantasticamente útil é a sua fineza – apenas um átomo de espessura. Agora, cientistas encontraram centenas de outros materiais que são igualmente finos, proporcionando uma ampla seleção de novos materiais com talvez tanto potencial quanto o grafeno.

A equipe analisou os dados em bases de dados abertos, incluindo o Crystallography, procurando materiais com semelhanças estruturais ao grafeno com a ajuda de um programa de computador personalizado.

Eles estavam procurando materiais com fortes ligações químicas ao longo de um plano – a camada de átomos de 2D – e ação não-química relativamente fraca ao longo do plano perpendicular. É essa combinação que nos permite descascar folhas de grafeno de grafite.

Começando com um pool de mais de 100 mil estruturas de cristal, a equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, conseguiu estreitar a seleção para 1.825 compostos com o potencial de formar folhas apenas um único átomo de espessura. Algumas das estruturas nunca foram vistas antes.

Com base em cálculos executados em 258 dos produtos químicos menos complexos na lista final, os pesquisadores descobriram que 166 se tornaram semicondutores com uma variedade de tensões. Enquanto isso, 92 materiais foram identificados como metálicos, e outros 56 provavelmente possuíam propriedades magnéticas incomuns.

Mesmo que apenas uma pequena subseção desses novos materiais acabe funcionando como o grafeno, isso nos dá mais opções para criar materiais para fins específicos em eletrônicos e outras áreas. O próximo passo é testar como esses compostos funcionam tanto na forma da folha como em camadas bem embaladas.

“Os materiais identificados são classificados em grupos de compostos facilmente ou potencialmente esfoliáveis, mostrando que apenas uma fração muito pequena de possíveis materiais 2D foi considerada até agora”, concluem os pesquisadores.

A pesquisa foi publicada na Nature Nanotechnology.

Do Science Alert